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Cardiologia

O que é cardiologia?

Na complexa engrenagem do corpo humano, o coração pode ser comparado com o motor de um carro. Afinal, é ele que, com sua força e regularidade nos batimentos, faz com que o sangue seja impulsionado nos vasos sanguíneos e chegue até as menores veias do corpo, fazendo com que cada célula do organismo tenha oxigênio e nutrientes adequados para cumprir seu papel no funcionamento dessa máquina perfeita que é o ser humano.

Por isso, quando algo atrapalha o desempenho do coração nessa tarefa, os sinais podem surgir devagar. “O acompanhamento de um cardiologista é muito importante para identificar precocemente doenças que, se não tratadas, podem trazer complicações ainda maiores no futuro”, explica o Dr. Edson D’Ávila, cardiologista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras.

Outra atuação importante do cardiologista é a realização da avaliação cardíaca antes de procedimentos cirúrgicos. Sob o efeito de medicamentos anestésicos, o coração fica muito sobrecarregado durante cirurgias em qualquer parte do corpo. Por isso, geralmente, os cirurgiões recomendam que seus pacientes passem por uma avaliação cardíaca detalhada que, em muitos casos, inclui testes de esforço físico e eletrocardiograma. Esses exames permitem ao cirurgião planejar, de acordo com cada caso específico, o procedimento a que o paciente será submetido.

Há outra situação em que a avaliação do cardiologista clínico é essencial: pessoas que não apresentam nenhum sintoma que sugira uma patologia cardíaca, mas pretendem praticar esportes regularmente precisam passar por uma avaliação do cardiologista antes. “Esse cuidado é importante, não só para aqueles que já apresentam histórico de doença cardíaca na família, mas para todos os que pretendem iniciar a prática regular de atividades físicas”, aponta o Dr. Edson D’Ávila.

Conheça os principais tipos de cardiopatia

  • Cardiopatias congênitas – são alterações cardíacas presentes desde o nascimento. Nos casos mais graves, costumam ser percebidas logo que o bebê nasce; nos casos menos graves, podem ser diagnosticadas quando a pessoa já está na idade adulta.

  • Doenças no miocárdio – são defeitos no músculo do coração. Em muitos casos, o órgão não consegue bombear o sangue adequadamente.

  • Infecções no coração – são causadas quando bactérias, vírus, fungos ou parasitas alcançam o músculo cardíaco.

  • Cardiopatias de válvulas – o coração tem quatro válvulas que abrem e fecham para permitir o fluxo de sangue no órgão. Vários fatores podem danificá-las, causando doenças.

  • Cardiopatias hipertensivas – são consequências da pressão arterial alta, que pode sobrecarregar o coração e os vasos sanguíneos e causar doenças.

  • Cardiopatias isquêmicas – causadas pelo estreitamento das artérias do coração pelo acúmulo de gordura, leva à diminuição da oferta de sangue para o órgão. A doença pode gerar angina (dor no peito) ou, nos casos agudos, infarto.

“Outros quadros que podem prejudicar o funcionamento do coração são as chamadas arritmias (alterações que ocorrem na condução do estímulo elétrico responsável pelas batidas do coração)”, continua o cardiologista. Essa mudança nos impulsos elétricos do coração causa palpitações, batedeira, sensação de batimentos irregulares, tonteiras, desmaios e fraqueza. Aqui vale mais um alerta: segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), cerca de 20% dos brasileiros sofrem de arritmia, e essa alteração é responsável por 80% a 90% dos casos de morte súbita.

Por isso, ao identificar algum desses sintomas, é necessário buscar o atendimento de um cardiologista clínico. É esse profissional que vai iniciar a investigação do problema, por meio de exames apropriados para cada paciente.

Em casos mais extremos, a pessoa com complicações cardíacas é encaminhada para um atendimento com o cardiologista intervencionista, que é o médico responsável por realizar procedimentos cirúrgicos no coração. Tudo vai depender do resultado da avaliação do cardiologista clínico.

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