O uso de preservativos durante o ato sexual é importante para prevenir não só as Infecções Sexualmente Transmissíveis, mas também serve como prevenção a certos tipos de câncer. Isso porque o HPV (Papilomavírus Humano), que pode ser contraído por meio de relação sexual sem proteção, ou pelo contato com objetos, sangue e roupa infectados, está ligado ao surgimento do câncer de colo de útero. Doença que é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, segundo a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). O uso de preservativo e a vacina contra HPV são as melhores formas de prevenção. Nesta matéria, o Dr. Marcus Vinícius Barbosa de Paula, ginecologista e obstetra do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, tira as principais dúvidas sobre a imunização, confira.
O que é HPV?
O HPV é a sigla em inglês para Papilomavírus Humano, uma infecção viral que atinge as mucosas da boca, garganta, faringe, ânus e das genitálias masculina e feminina. Sua principal manifestação são verrugas e lesões nas áreas acometidas.
O que o vírus do HPV pode causar?
Existem mais de 150 tipos de Papilomavírus Humano, que são diferenciados de acordo com sua localização, sintomas e se há possibilidade de evoluir para um câncer. Desse total, 12 variantes representam alto risco cancerígeno, podendo evoluir para câncer de colo de útero, boca e garganta e cólon e reto.
Bebês que nasceram de parto natural de uma mãe com HPV também podem contrair a doença. Esta condição recebe o nome de papilomatose respiratória recorrente e as lesões ocorrem nas cordas vocais e na laringe da criança.
O especialista explica que a maioria das infecções pelo vírus são dos tipos 6 e 11, que provocam verrugas nas genitais e na laringe, mas não são lesões cancerosas.
“Ainda que esses casos não estejam relacionados com tumores malignos, o ideal é sempre evitar dor de cabeça. Podemos citar a candidíase como exemplo: não apresentar risco de evolução não significa que o quadro não causará algum desconforto."
Como já diz o ditado, “prevenir é melhor do que remediar". A vacina contra HPV e a camisinha são formas complementares de proteção, visto que o preservativo evita outras IST.
Para que serve a vacina HPV?
A vacinação tem o objetivo de evitar o contágio pelo vírus, ou seja, é uma medida preventiva. No Brasil, contamos com dois tipos: quadrivalente e bivalente. Ambas protegem contra as lesões pré-cancerosas, mas apenas a primeira protege os homens.
Quem pode tomar a vacina HPV?
A vacina contra o HPV é testada e certificada em diversos países, e homens e mulheres podem recebê-la. A quadrivalente atende o público masculino entre 9 e 26 anos, e feminino de 9 a 45 anos. Já a bivalente é aprovada para mulheres entre 10 e 25 anos.
Qual a melhor idade para tomar a vacina contra HPV?
Idealmente, para prevenir a contaminação, a vacina contra HPV deve ser aplicada em pessoas que ainda não tiveram relações sexuais. Porém, a qualquer momento, a vacinação ajuda a proteger contra os subtipos não adquiridos.
Posso tomar a vacina de HPV depois de infectado?
Como mencionamos acima, a imunização tem o objetivo de evitar o vírus, não de combatê-lo. Isso significa que tomar a vacina de HPV depois de infectado não surte efeito.
“Entretanto, como nem todos são infectados por todos os subtipos da vacina, pode haver algum benefício na imunização", continua o médico.
Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher (NCISM)
No Hospital Brasília Unidade Águas Claras, o Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher (NCISM) oferece atendimento multidisciplinar e conta com diferentes enfoques, confira:
Uroginecologia
Nossos profissionais são capacitados para o atendimento de pacientes com perda de urina, bola na vagina, perda de fezes, disfunções sexuais e sensação de vagina larga, entre outras complicações. Disponibilizamos ainda o estudo urodinâmico, exame não invasivo importante para o diagnóstico e tratamento das perdas urinárias.
Patologia do trato genital inferior
O Serviço de Patologia do Trato Genital Inferior oferece o exame de colposcopia, com enfoque no tratamento do HPV, de lesões pré-malignas, alterações vulvares e vaginais. Contamos com profissionais especializados e um ginecologista que atua especificamente em casos de câncer ginecológico.
Endometriose
O Serviço de Endometriose faz atendimento multidisciplinar de mulheres com dor pélvica crônica, cólicas menstruais frequentes e infertilidade, alterações que afetam diretamente a qualidade de vida da mulher. Contamos com diversos profissionais de diversas áreas, como proctologia, ginecologia, nutrição, fisioterapia e psicologia.
Para agendamentos, entre em contato com a Central de Atendimento pelo telefone (61) 3052-4600 ou pelo Whatsapp (61) 99158-1632.