Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo do útero é o terceiro mais frequente entre as mulheres brasileiras. Este quadro é causado pelo Papilomavírus Humano (HPV), uma infecção sexualmente transmissível (IST), e por conta de seu desenvolvimento lento, os sintomas costumam se manifestar apenas em estágios mais avançados.
Sintomas de câncer no útero: como identificar?
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Os sintomas de câncer no útero podem ser confundidos com outras doenças, como a endometriose, por exemplo, e isso pode retardar o diagnóstico, o que contribui para o agravamento do caso.
As principais manifestações desta patologia incluem:
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Dor abdominal ou pélvica;
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Dor após a relação sexual;
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Sangramento vaginal sem causa aparente;
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Corrimento marrom ou com mau cheiro.
Segundo o Dr. Marcus Vinícius Barbosa de Paula, ginecologista e obstetra do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, “as lesões precursoras podem ser assintomáticas e, por isso, é importante realizar o rastreamento por meio do preventivo anual."
Quais as causas do câncer no útero?
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O câncer de colo do útero é uma complicação decorrente de alguns tipos de HPV. Ainda que a maioria dos casos de infecção não causem neoplasia, os tipos oncogênicos do vírus provocam alterações celulares que podem evoluir para câncer.
Como prevenir o câncer no útero?
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Apesar da grande incidência do câncer de colo do útero, é possível evitar essa doença. O médico chama atenção para a importância do uso de preservativos (feminino ou masculino) durante as relações sexuais, e também lembra que há vacina disponível de forma gratuita para:
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Meninas entre 9 e 14 anos;
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Meninos entre 11 e 14 anos;
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Mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos;
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Homens imunossuprimidos entre 9 e 26 anos.
Além disso, pessoas sem comorbidades podem se imunizar em laboratórios particulares.
“Um grande impacto do câncer de colo uterino decorre do fato deste atingir mulheres mais jovens e ser intimamente ligado ao vírus do HPV. Isso faz com que as iniciativas globais (campanhas de prevenção, vacinação e detecção precoce) para minimizar o contágio desta IST sejam tão importantes", acrescenta o Dr. Marcus.
Como diagnosticar o câncer no útero?
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O ginecologista é o especialista responsável pelo estudo e cuidado do aparelho reprodutor feminino. Dessa forma, caso perceba alguma alteração ginecológica, consulte o seu profissional de confiança e relate os sintomas.
A maioria dos casos – quando detectada em sua forma inicial – é identificada através do exame de Papanicolau que, inicialmente, deve ser feito uma vez ao ano. Além do diagnóstico de lesões cancerígenas ou precursoras por meio do exame preventivo, também estão disponíveis a colposcopia (que visualiza o colo do útero e a região da vagina) e a biópsia do tecido do colo do útero, quando indicados pelo médico.
Qual o tratamento para câncer no útero?
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O tratamento desse tipo de câncer é indicado de acordo com a avaliação do profissional de oncoginecologia e leva em consideração as características da doença, tais como evolução, estágio, tamanho do tumor e idade da paciente. Entre as opções de tratamento estão:
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Conização ou cirurgia de alta frequência: método não invasivo que detecta e trata casos iniciais;
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Histerectomia com linfadenectomia, em casos indicados;
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Quimioterapia e radioterapia, em casos mais avançados.
“Por fim, a cirurgia robótica é um procedimento intermediado por um robô com maior precisão de incisão e dissecção, o que resulta em menor chance de lesões adjacentes, e pode ser uma opção em vários casos de cirurgia ginecológica, incluindo a oncologia.", conclui o médico.