É de conhecimento popular que ter bons hábitos de vida, como a prática de atividades físicas regular, uma alimentação balanceada, não fumar nem consumir bebidas alcoólicas, é a melhor forma de prevenção primária para a maioria das doenças. E tal realidade se torna ainda mais pronunciada para o câncer de intestino.
Esse tumor – também conhecido como câncer de cólon, do reto ou colorretal – afeta o intestino grosso e pode ser evitado e tratado. A colonoscopia é considerada o exame padrão para monitorar o surgimento desse quadro e deve ser realizada mesmo antes dos sintomas. Isso porque grande parte dos cânceres são oriundos dos pólipos, que não nos dão nenhum tipo de alarme. Eles consistem em lesões na parede do intestino que, na maioria dos casos, levam de meses a anos para gerar o câncer. Os pólipos encontrados durante a colonoscopia devem ser removidos por meio de um procedimento simples chamado de polipectomia.
A colonoscopia salva vidas. É o exame indicado para todas as pessoas acima de 45 anos, e, a depender do histórico familiar, até mesmo antes disso. É o único exame capaz de diagnosticar e tratar lesões pré-malignas. E mesmo que você já tenha um câncer instalado no intestino, o diagnóstico precoce pode permitir um procedimento endoscópico/cirúrgico com intuito curativo.
Em situações restritas, esse câncer pode ser curado mesmo depois do diagnóstico de metástase, ou seja, mesmo quando o câncer já se desenvolveu em órgãos a distância. No caso do câncer de intestino, é quando já temos a doença presente, por exemplo, no fígado e/ou pulmão.
A seguir, saiba mais sobre os sintomas da doença e como são feitos o diagnóstico e o tratamento. Quem fala sobre a condição é o Dr. Carlos Tadeu Garrote Filho, oncologista do Hospital Brasília.
Quais são os sintomas de câncer de intestino?
Os sintomas variam de acordo com a topografia em que o câncer se inicia, por exemplo, no reto, cólon direito ou cólon esquerdo. Em linhas gerais, deve-se ficar atento aos seguintes sinais e sintomas.
▪ anemia;
▪ alteração do hábito intestinal, podendo tanto ser diarreia quanto prisão de ventre;
▪ dor abdominal;
▪ sangue nas fezes;
▪ perda de peso não intencional;
▪ mudança no formato das fezes;
▪ dificuldade/dor para evacuar.
É importante ressaltar que, na maioria dos casos, esses sintomas podem não estar associados ao câncer, mas, sim, a outras doenças benignas como úlcera gástrica, hemorroidas ou até mesmo verminoses. Por isso é fundamental a investigação feita por um médico para um correto diagnóstico e tratamento.
Fatores de risco para o câncer de intestino
Os fatores de risco mais comuns para o surgimento de câncer de intestino são:
▪ obesidade;
▪ sedentarismo;
▪ idade acima de 45 anos;
▪ histórico familiar positivo, principalmente se presente em parentes jovens e de primeiro grau;
▪ alimentação não saudável, ou seja, com poucos vegetais, frutas e fibras, além do excesso de itens processados, como bacon, presunto e linguiça. E também o consumo exagerado de carne vermelha;
▪ tabagismo;
▪ consumo de bebida alcoólica;
▪ comorbidades como doenças inflamatórias intestinais, por exemplo, retocolite ulcerativa e doença de Crohn;
▪ exposição ocupacional à radiação ionizante.
Como diagnosticar o câncer de intestino?
O diagnóstico do câncer de intestino é feito por um médico e exige um exame de biópsia, no qual é coletada uma parte do tecido sobre o qual há suspeita do tumor para que seja analisado. A retirada desse material é feita por um endoscópio, que é introduzido por meio do reto.
Câncer de intestino tem cura?
Conforme explica o Dr. Carlos Tadeu Garrote Filho, “sim, principalmente quando diagnosticado nas fases iniciais, em que a doença se encontra limitada ao intestino. Felizmente, em alguns casos, é possível ter cura mesmo em situações de metástase para o fígado e/ou os pulmões. Ou seja, nem sempre a metástase é sinônimo de incurabilidade no câncer de intestino".
Qual o tratamento para o câncer de intestino?
O Dr. Carlos Tadeu Garrote Filho explica: “Primeiro, na doença limitada ao intestino, sua jornada de cura pode vir com um simples procedimento endoscópico (retirada da lesão pela colonoscopia) ou por meio de uma cirurgia. Depois que o tumor é retirado, o câncer é avaliado por um médico patologista, que vai analisá-lo minuciosamente. A depender dessa avaliação, o oncologista vai indicar ou não quimioterapia complementar. Nos casos de doença metastática, o tratamento envolve um extenso time multidisciplinar. Temos várias armas contra a patologia (cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia) e elas serão utilizadas com base nas diversas características do paciente e do tumor."
NEDIC
O Hospital Brasília Unidade Águas Claras possui o Núcleo Especializado em Doenças Intestinais Complexas (NEDIC), totalmente dedicado ao paciente com doenças intestinais graves, crônicas e complexas. A unidade conta com uma equipe multidisciplinar composta por especialistas de diversas áreas e estrutura completa para acompanhar o paciente durante toda a linha de cuidados.
Centro de Oncologia
A atenção especializada a pessoas que enfrentam o câncer também faz parte das linhas de cuidados especiais do Hospital Brasília Unidade Águas Claras. Contamos com equipe multidisciplinar e estrutura altamente tecnológica. Além disso, a Dasa, rede de saúde integrada da qual o hospital faz parte, também oferece cuidados a esses pacientes, por meio do atendimento no Hospital Brasília e no Exame Medicina Diagnóstica.