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Quando procurar um mastologista?

Especialidade é comumente relacionada com o tratamento do câncer de mama. Mas existem outras situações em que é necessário o acompanhamento do profissional
FV
Dra. Flávia Vidal Cabero - Mastologista Atualizado em 18/03/2021

Quando se fala em mastologia é comum fazermos uma relação direta com o tratamento do câncer de mama. Mas há vários outros casos em que são necessários a avaliação e o acompanhamento desse especialista. “Mastologista é aquele médico que cuida de todas as doenças da mama, malignas ou benignas, em homens ou mulheres”, explica a Dra. Flávia Vidal Cabero. Ela ressalta que a chamada doença maligna é o câncer de mama. Nesse caso, além do mastologista, outros profissionais entram em cena para auxiliar no tratamento, como o oncologista, o radioterapeuta e o radiologista, bem como outros especialistas da área da saúde, como fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos.

É comum os ginecologistas realizarem o exame clínico das mamas quando suas pacientes os procuram e, em alguns casos, eles também solicitam o exame de mamografia e ultrassonografia da mama. Entretanto, dependendo do resultado dos exames, a mulher deve ser encaminhada para o mastologista. “Existe uma classificação internacional do resultado dos exames de imagem que determina se a investigação de um nódulo suspeito deve ser complementada por outros métodos ou se podemos prosseguir com o seguimento semestral ou anual, devido à benignidade dos achados”, aponta a médica.

O Breast Image Reporting and Data System (BI-RADS) tem sete categorias de classificação, e quanto menor o número da categoria, menor a chance de a imagem detectada sugerir o diagnóstico de câncer. Normalmente, os ginecologistas encaminham a mulher para o mastologista quando o exame de mamografia tem o laudo indicando o BI-RADS 3, 4 ou 5. “Os ginecologistas têm formação para acompanhar as pacientes que têm o laudo indicando até o BI-RADS 3”, explica a Dra. Flávia.

Doenças benignas

Consideram-se doenças benignas os cistos, os nódulos benignos, as displasias, que são também chamadas de alterações fibrocísticas mamárias (AFBM). Há ainda os casos de doenças congênitas de mama, como as mamas tuberosas. Vale lembrar que o ponto de partida para definir se uma doença é maligna ou benigna é o laudo da biopsia. O exame é pedido somente depois dos resultados das avaliações de imagem, como a mamografia, ultrassonografia e até a ressonância magnética em alguns casos. “Por isso chamamos a mamografia de exame de rastreio, porque é com base no resultado dela que se prossegue com a investigação da saúde da mama quando alterada”, completa a médica.

Mesmo nos casos em que se detectam doenças benignas ou não há anormalidade nas mamas, mulheres consideradas de alto risco, com casos de câncer de mama na família e acima dos 40 anos, precisam manter em dia sua consulta anual com o mastologista.

Além do autoexame das mamas, antigo conhecido das mulheres, elas também precisam ficar atentas a outras alterações nessa parte do corpo: é necessário procurar um mastologista não somente quando se encontra um nódulo palpável, mas em casos de aumento de volume do seio, retração ou vermelhidão na região e/ou descamação, dor e secreção.

Além disso, você sabia que o câncer de mama também pode atingir os homens? São casos raros, mas podem ocorrer. Por isso homens que têm casos de câncer de mama na família também precisam fazer acompanhamento regular com um mastologista. Eles também podem ser acometidos por um quadro benigno chamado “ginecomastia”, que é o crescimento exagerado da mama. Acontece geralmente por causa da redução dos hormônios masculinos (testosterona) ou do aumento dos hormônios femininos (estrogênio). As causas incluem puberdade, envelhecimento, medicamentos e condições de saúde que afetam os hormônios. Nesses casos, o mastologista é o profissional que vai indicar o melhor tratamento a ser seguido.

Vai colocar silicone? Consulte um mastologista antes!

O uso de próteses de silicone com fins estéticos está cada vez mais popular. E com o passar dos anos, as mulheres têm optado por esse procedimento cada vez mais cedo. “Hoje meninas com 19, 20 anos já querem fazer uma cirurgia plástica para colocação de prótese, mas, independentemente da idade, é importante verificar com o mastologista como está a saúde da mama antes de decidir pelo procedimento”, alerta a médica. Ela destaca que, além de se certificar de que não há alterações na região, o mastologista orienta a mulher sobre como proceder com os exames de mamografia quando forem necessários. Afinal, em mulheres que usam prótese mamária, é indicada a realização de uma terceira incidência, chamada de Eklund, em que a técnica em radiologia faz um deslocamento da prótese para a realização de uma mamografia mais precisa, com melhor exposição do tecido mamário presente.

E por falar em procedimentos estéticos, também há casos de meninas que, no início da puberdade, podem apresentar assimetria mamária. Em algumas situações, pode haver uma vontade por parte da jovem de corrigir a assimetria com a cirurgia plástica, mas essa decisão deve ser tomada também depois de uma avaliação criteriosa com o mastologista.

Transgêneros e o risco de doenças malignas

Pessoas trans também precisam de acompanhamento do mastologista. “A mulher transgênero normalmente começa a fazer uso de hormônios, o que pode vir a causar um aumento de risco para câncer de mama se houver predisposição genética para o quadro, por exemplo”, salienta a Dra. Flávia. E o homem transgênero, que retira a mama, também deve ter um acompanhamento com um especialista.

Agora que você já sabe tudo o que o mastologista pode fazer pela saúde de homens e mulheres, vale a pena refletir se é hora de buscar uma avaliação. No Centro Médico Águas Claras, você encontra esse especialista para auxiliar no cuidado da saúde das mamas. Para agendar atendimento, basta ligar para (61) 3052-4600.

Escrito por
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Dra. Flávia Vidal Cabero

Mastologista
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