A medicina é uma vasta área do conhecimento. Atualmente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já reconhece 55 especialidades médicas. Algumas são automaticamente associadas à sua área de atuação (cardiologia, pediatria, dermatologia, ginecologia) e outras são melhor compreendidas apenas por quem é beneficiado por ela. O que é possível de se entender, pois, por causa da complexidade do organismo humano e da enorme variedade de áreas médicas, nem sempre é fácil identificar qual especialidade cuida de que tipo de complicação de saúde.
Quando o assunto é câncer, o médico a ser consultado é o oncologista, também chamado de cancerologista. Trata-se do especialista que integra todo o tratamento do paciente com diagnóstico de câncer, orientando todos os medicamentos a serem utilizados na luta contra a doença, além de direcionar os fluxos para outras especialidades que o paciente deverá consultar.
Fatores de risco
Em 2018, um balanço do Conselho Federal de Medicina, em parceria com o movimento Todos Juntos contra o Câncer (TJCC), declarou: o câncer é a doença da modernidade. Essa conclusão se deu com base na análise de dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) – programa do SUS que obtém dados regulares sobre o tema –, que indica que, naquele ano, a neoplasia foi a principal causa de morte em cerca de 10% dos municípios brasileiros. A estimativa é que, até 2030, a mortalidade por câncer ultrapassará a mortalidade por doenças cardiovasculares, configurando como a maior causa de mortes no Brasil. Esta informação não deve ser vista com temor pela população, mas sim como um alerta para a instituição de medidas de controle dos fatores de risco.
Existem mais de 200 tipos de câncer e alguns fatores que causam neoplasias são:
- exposição solar em demasia sem o uso de filtros de proteção;
- abuso de substâncias alcoólicas;
- tabagismo;
- consumo excessivo de carne vermelha;
- poluição;
- fatores genéticos/hereditariedade;
- sedentarismo;
- obesidade.
O primeiro câncer de que se tem notícia data de 400 a.C e, ainda hoje, há estigma em torno de doenças cancerígenas. Até pouco tempo atrás, a descoberta de um tumor era praticamente uma “sentença de morte”. Atualmente, no entanto, com o avanço dos estudos relacionados com o diagnóstico e tratamento da doença, sabemos que quando o câncer é identificado precocemente e adequadamente tratado, é uma doença potencialmente curável na maior parte das vezes.
Avanços tecnológicos e taxas de cura
A oncologia é a especialidade médica responsável por investigar e tratar tumores malignos que podem ser encontrados por meio de autoexame (principalmente das mamas), pela observação de alguma alteração na pele – como mudanças na cor e na textura de manchas ou o surgimento de proeminências – e pela realização de exames de rotina.
O Dr. Fernando Vidigal, oncologista e Diretor Médico da Oncologia Clínica do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, destaca ainda a importância dos exames de rastreio: “Exames de rastreio são indicados para pessoas de risco, ainda que assintomáticas. Essas análises são fundamentais para o diagnóstico precoce de um possível câncer, impactando diretamente nas chances de cura.”
Alguns exemplos desses exames são:
- mamografia – mulheres a partir dos 40 anos;
- colonoscopia – homens e mulheres a partir dos 45 anos;
- tomografia de pulmão – pessoas que fumam há muitos anos devem realizar o exame entre 50 e 80 anos.
Enquanto o tumor benigno é uma massa que surge em função do crescimento organizado das células, a neoplasia maligna é aquela em que as células crescem de forma desordenada, podendo, inclusive, se espalhar para órgãos e tecidos adjacentes. Todo tumor maligno que é detectado precocemente tem maior chance de cura, pois há menor risco de metástases a distância – liberação de células tumorais para as demais partes do corpo.
Depois de o câncer ser identificado, deve ser feita uma biópsia para a confirmação do diagnóstico (no caso dos chamados tumores sólidos) ou exames que atestem alterações nas células sanguíneas, quando se trata de cânceres hematológicos (também chamados tumores líquidos).
Uma massa maligna pode se desenvolver de diversos tipos de células. Veja:
- tecidos epiteliais (pele ou mucosa) – denominados carcinomas;
- tecidos conjuntivos (ossos, músculos ou cartilagens) – sarcomas;
- tecidos sanguíneos (medula) – leucemias;
- células do sistema imunológico – linfomas e mielomas;
- tecidos do cérebro e da medula espinhal – câncer do sistema nervoso central.
Por meio do desenvolvimento de novas tecnologias que beneficiam a medicina, é possível proporcionar esperança aos pacientes oncológicos e desconstruir a ideia de que todas as pessoas com câncer vão a óbito. Quanto mais cedo é descoberta a patologia, maiores são as chances de sucesso do tratamento e da manutenção da qualidade de vida, pois é possível tratá-los com o auxílio de medicamentos, cirurgias e/ou terapias.
“O tratamento do câncer evoluiu muito nos últimos anos. Hoje possuímos quimioterapia, mas também imunoterapia, drogas-alvo e radioterapia, além, é claro, da cirurgia como opções de terapia. É importante ter o cuidado e a ciência como grandes aliados para a definição da terapia oncológica. Por isso, é importantíssimo escolher profissionais preparados para lidar com o assunto”, completa o especialista.
O Hospital Brasília Unidade Águas Claras é um hospital de alta complexidade que tem a tecnologia como uma de suas maiores aliadas. Isso significa que contamos com uma equipe capacitada, multidisciplinar, além de atendimento em diversas especialidades cirúrgicas e clínicas, o que contribui com a investigação, o rastreio e o tratamento do câncer. Além disso, há um parque tecnológico no hospital, com modernos aparelhos – de radiologia, mamografia, ecografia, ressonância, tomografia – que são essenciais para uma investigação de qualidade.
Além dos equipamentos de última geração, nossa equipe de oncologia, que assiste às pessoas internadas, é formada por profissionais extremamente capacitados nas áreas de atuação específicas. Assim, oferecemos aos pacientes que lutam contra o câncer todo o suporte necessário, uma vez que a suspeita, e até mesmo o diagnóstico da doença, geram ansiedade, medo e insegurança.
Para agendar uma consulta com um de nossos especialistas, ligue: (61) 3052-4600.
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