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Diverticulite: sintomas, tratamento e alimentação recomendada

Mas, afinal, o que é diverticulite? Explicaremos os principais detalhes dessa condição mais complicada no texto de hoje. Confira!
HAC
Equipe Hospital Águas Claras - Corpo Clínico Atualizado em 09/02/2021

Talvez você já tenha ouvido falar da diverticulose, uma doença que não causa sintomas, mas acusa o aparecimento de pequenos inchaços, em formato de bolsas, na parede muscular do cólon (divertículos), especialmente onde os vasos sanguíneos entram. A diverticulose é um problema comum que afeta homens e mulheres, e o risco aumenta com o avançar da idade.

Mas, afinal, o que é diverticulite? Explicaremos os principais detalhes dessa condição mais complicada no texto de hoje. Confira!

O que é diverticulite?

Para entender esse quadro precisamos, primeiramente, explicar o que são divertículos. Essas estruturas são pequenas áreas de fragilidade na parede do intestino grosso que originam regiões de saculações (pequenas “bolsas”), onde a passagem das fezes pode causar impacto e gerar processos infecciosos. A essas infecções damos o nome de diverticulite, que é o processo inflamatório agudo dos divertículos, que normalmente se encontram na parte final do tubo digestivo.

“A diverticulite aguda é um processo que vai desde uma inflamação e uma infecção leve até quadros graves, que podem levar a choques sépticos abdominais e à formação de abscessos intracavitários”, pontua o Dr. Hugo Gonçalo Guedes, médico endoscopista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras.

Sintomas de diverticulite

O especialista alerta que os três principais sintomas de diverticulite são: calafrios, febre e dor abdominal de início agudo e de forte intensidade que normalmente acontece no lado esquerdo do abdome. “Mas isso não é uma regra, pois a infecção pode se manifestar por dor em toda a região. Costumo dizer que uma crise de diverticulite aguda simula uma crise de apendicite aguda, só que do lado oposto (esquerdo)”, complementa.

Diverticulite é grave?

De fato, a diverticulite é um quadro potencialmente grave, visto que causa uma infecção capaz de evoluir para a formação de abscessos, que podem demandar internação hospitalar para drenagem ou até mesmo cirurgia para a retirada do intestino. Já pensou? Existe ainda o risco de morte.

Diverticulite tem cura?

Sim, a diverticulite tem cura! O tratamento pode ser feito com o uso de antibióticos e anti-inflamatórios e, quando necessário, como comentamos anteriormente, a drenagem dos abscessos locais ou um tratamento cirúrgico para a retirada do segmento de intestino grosso inflamado, que eventualmente pode ter necrosado ou perfurado.

O tratamento da diverticulite avançou bastante em termos de qualidade das medicações antibióticas e anti-inflamatórias e da diminuição das necessidades de internação e de realização de procedimentos invasivos. Boa parte dos casos hoje podem ser tratados com medicação específica, sem a necessidade de internação. Quando é necessário realizar algum procedimento de maior complexidade, algumas vezes ele pode ser feito de forma minimamente invasiva, como a drenagem percutânea dos abscessos ou até uma drenagem feita internamente, por meio da colonoscopia em combinação com o ultrassom. “É uma técnica relativamente recente, feita sem nenhum desconforto para o paciente, que não precisa ficar com drenos na parede abdominal”, explica o endoscopista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras.

Como deve ser a alimentação durante uma crise de diverticulite?

Com relação à alimentação, no contexto da diverticulite aguda, os pacientes devem evitar o consumo de fibras e alimentos integrais, fazer uma grande ingesta de água e líquidos em geral e priorizar alimentos mais processados, se possível laxativos. A ideia por trás desses cuidados é diminuir a formação de bolo fecal, pelo consumo de alimentos com alto poder de absorção e que não geram resíduos. Assim, há menor passagem de fezes, que poderiam traumatizar a área inflamada e piorar o processo da diverticulite aguda.

Posteriormente à crise, o paciente deve alterar novamente seus hábitos alimentares e retornar para uma dieta rica em fibras, preferencialmente com uma boa porção de cereais, alimentos integrais, frutas e vegetais.

Que exame deve ser feito para controlar o desenvolvimento dessa doença?

“A colonoscopia tem uma grande valia para o processo de investigação e de controle da diverticulite e se presta fundamentalmente a entender se existe algum fator local que causou a inflamação ou se há outro processo de diagnóstico diferencial, por exemplo, tumores ou lesões benignas que poderiam virar um câncer, mas que ficam mascarados pela falta de um diagnóstico correto. Durante o próprio exame podemos retirar tais lesões de forma a evitar desdobramentos indesejáveis”, ressalta o médico.

Nesse contexto, o endoscopista destaca que a colonoscopia é feita de modo tranquilo, rápido e prático, como qualquer outra análise clínica. “É um exame ambulatorial, que dura de 20 a 30 minutos, e, logo depois de sua conclusão, o paciente poderá se alimentar normalmente e ir para a casa. A colonoscopia é realizada com sedação, aplicada por um anestesiologista, que fará o paciente dormir durante todo o tempo do procedimento, sendo monitorado pelo endoscopista. Esse especialista, por sua vez, fará uma avaliação de todo o intestino grosso, com documentação por meio de imagens e a busca de identificação dos divertículos e do possível segmento que causou esse processo inflamatório”, salienta o Dr. Hugo.

Apesar de o exame em si não gerar nenhum desconforto para o paciente, é importante que haja uma preparação de véspera, que envolve a eliminação das fezes do intestino grosso. Sobre isso, uma curiosidade: você sabia que a mucosa do intestino grosso é capaz de ficar tão limpa quanto a mucosa da boca? Isso facilita imensamente a detecção de eventuais diagnósticos relacionados com a diverticulite ou outros problemas do gênero.

O especialista destaca ainda que a colonoscopia não deve ser feita no contexto agudo da doença, somente deve ser realizada pelo menos seis semanas após a cura total do processo infeccioso. “Isso se dá por causa do risco de perfuração do intestino grosso, que está com a mucosa inflamada, durante o exame em questão.”

Todas as pessoas saudáveis, independentemente de histórico oncológico ou familiar, devem realizar uma colonoscopia anual a partir dos 45 anos. Essa é a recomendação mais recente da Sociedade Americana de Oncologia e da US Task Force. “Essas instituições baixaram a idade mínima por causa da incidência de câncer e de complicações na região em pacientes jovens. Por isso, devemos estar sempre atentos. Aqui no Hospital Brasília Unidade Águas Claras temos as condições adequadas para oferecer um exame de qualidade, com tecnologia de ponta e os melhores recursos de cuidado em saúde para os nossos pacientes”, finaliza o Dr. Hugo Gonçalo Guedes.

Para agendar a sua consulta e o exame de colonoscopia, basta ligar para (61) 3052-4600.

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