Não é surpresa para ninguém que as mulheres têm maior probabilidade do que os homens de procurar atendimento médico, de acordo com diversos estudos sociais. Mas quais são os motivos por trás desse comportamento? Afinal, renunciar aos cuidados de rotina com a saúde é uma atitude que, indiretamente, contribui para diagnósticos graves e menor expectativa de vida. Ou seja, não faz nenhum sentido, não é mesmo?
As justificativas do público masculino são vagas: alguns alegam falta de tempo, outros, desconforto ao realizar exames, e existem ainda aqueles que se baseiam em visões errôneas tradicionais sobre a masculinidade, acreditando que os homens teriam menor probabilidade de demandar cuidados de saúde consistentes, o que não condiz com a realidade. Prova disso são os dados sobre o câncer de próstata: estima-se que um a cada seis homens pode vir a sofrer desse tipo de câncer em algum momento da vida. Vamos falar mais sobre esse assunto?
Mais detalhes sobre esse tipo de tumor
Um dos perigos do câncer de próstata é o fato de ele ser assintomático em sua fase inicial. “Essa doença não dá sinais em seus estágios precoces, que é justamente quando devemos diagnosticá-la. Por isso os homens não devem esperar ter algum sintoma para então procurar um médico e realizar suas consultas urológicas de rotina”, alerta o Dr. Fransber Rodrigues, urologista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras.
Com o avançar do quadro, possíveis sintomas são dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite, sinais pouco óbvios que podem acabar retardando a busca por um diagnóstico médico. Mesmo nesse estágio, as chances de cura da doença ainda são bastante elevadas, chegando a 90%. Já na fase avançada, o câncer pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e infecção generalizada ou insuficiência renal quando num estágio mais grave.
Por isso é extremamente importante que o público masculino crie consciência sobre a necessidade de se manter precavido por meio de acompanhamento médico urológico e de exames de prevenção.
Como evitar o desenvolvimento desse câncer**?**
O rastreamento do câncer de próstata é feito por meio de dois exames: o exame de toque retal e a dosagem do Antíge****no Prostático Específico (PSA).
“É recomendado que o toque retal e o PSA sejam realizados anualmente a partir dos 50 anos, já que 80% dos pacientes diagnosticados na fase inicial da doença podem ser curados. No entanto, homens da raça negra, homens que têm histórico de câncer de próstata em parentes de primeiro grau e aqueles que têm na família várias mulheres com câncer de mama devem fazê-lo a partir dos 45 anos. Esses são os fatores de risco mais importantes e devem ser fortemente considerados. Tabagismo**,** obesidade e sedentarismo devem também ser evitados”, salienta o médico do HAC.
O PSA é um dos exames de investigação do câncer de próstata oferecidos pelo Laboratório Exame, parceiro do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, e funciona da seguinte forma: pela análise de uma amostra de sangue do paciente, o teste é capaz de medir o nível de PSA no sangue. O número costuma ser elevado em homens com câncer de próstata. Se esse for o caso, provavelmente, o médico vai recomendar uma biópsia da próstata para determinar se o câncer está presente de fato.
O laboratório oferece ainda a biópsia de próstata por fusão de imagens da ressonância magnética com a ecografia sob sedação, o que há de mais moderno para uma identificação rápida e precisa.
O exame de ressonância magnética também é uma ferramenta diagnóstica muito importante no manejo do câncer de próstata, tanto para o diagnóstico quanto para o estadiamento (classificação da gravidade do tumor) e seguimento do tratamento. Clique aqui para agendamento.
Existem outros métodos de investigação, como o PET-CT e a cintilografia, razão pela qual a medicina nuclear é grande aliada na investigação de quadro de câncer.
O tratamento do câncer de próstata pode ser feito com cirurgia tradicional ou robótica, radioterapia, uso de hormônios e, em alguns casos, apenas observação médica.
A importância do Novembro Azul para a sociedade
“No Brasil, ainda há uma grande parcela da população que não tem acesso a informação. Acredito que esse seja o grande problema em relação ao número elevado de homens que desenvolvem o câncer de próstata, ao lado da dificuldade de atendimento pelo sistema público de saúde. Felizmente, o Novembro Azul veio para chamar a atenção para a saúde do homem de forma global, não apenas para a vigilância do câncer de próstata. Doenças do sistema digestivo, tabagismo, etilismo, sedentarismo e doenças cardiovasculares são exemplos de condições que devem ser abordadas, visto que afetam uma fração considerável da população masculina e são responsáveis por grande parte da mortalidade”, ressalta o Dr. Fransber Rodrigues.
De acordo com o especialista, é necessário aliar ações governamentais a essa campanha para assegurar o acesso dos homens à atenção básica de saúde, para que possam usufruir da medicina preventiva sem as dificuldades que vemos hoje para grande parte das pessoas.
Quer saber mais sobre a saúde do homem? Baixe nosso e-book!