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Hepatites virais: o que são, quais os tipos e sintomas

Alerta amarelo! Vírus atinge o fígado e pode se tornar uma condição grave. Saiba mais.
HAC
Equipe Hospital Águas Claras - Corpo Clínico Atualizado em 30/06/2021

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Trata-se de uma infecção que atinge o fígado, causando alterações que podem evoluir para insuficiência hepática, cirrose e câncer de fígado. A Dra. Natália Trevizoli, hepatologista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, conta tudo o que você precisa saber sobre esta doença.

O que é hepatite viral?

A hepatite viral é uma doença infecciosa, que ataca o fígado e pode ser aguda ou crônica. Existem cinco tipos identificados de hepatite: A, B, C, D (Delta) e E. O tipo A só se manifesta de forma aguda, e o paciente elimina o vírus do organismo depois da crise. Mas os tipos B, C, D e E (em casos mais raros) podem se tornar crônicos. Destacam-se as hepatites B e C que, somadas, causam dois em cada três casos de câncer de fígado no mundo e figuram entre as principais causas de cirrose hepática.

Sintomas da hepatite viral

Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar com: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

“Muitas vezes, o portador de hepatite crônica não apresenta nenhum sintoma, e a evolução para formas graves como cirrose e câncer de fígado ocorre de forma silenciosa” alerta a Dra. Natália.

A única maneira de saber se uma pessoa está ou não com hepatite viral é por meio de exames de sangue. Infelizmente, ainda são doenças subdiagnosticadas. No Brasil, estima-se que quase dois milhões de brasileiros estejam infectados pelos vírus B e C.

Tipos de hepatite viral e formas de prevenção

Entenda como ocorre a transmissão e qual o método de prevenção para cada tipo de hepatite viral:

- Hepatite A: é transmitida pelo contato fecal-oral (via ingestão de água ou alimentos contaminados). A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de higiene e saneamento básico, e implementando medidas como lavar as mãos frequentemente (principalmente antes de manusear alimentos) e consumir apenas água tratada e alimentos bem higienizados.

- Hepatites B e C: usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar instrumentos de manicure e pedicure; não usar lâminas de barbear ou de depilar de outras pessoas; não compartilhar agulhas, seringas e equipamentos para drogas inaladas; exigir materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e de piercings: essas são formas de prevenir este tipo de hepatite.

Também são recomendados cuidados médicos e odontológicos relacionados ao rígido controle para evitar transmissão por meio de transfusão de sangue, transplante de órgãos, procedimentos pérfuro-cortantes, hemodiálise, ou transmissão vertical (da mãe infectada para o filho durante gestação, parto ou amamentação). Não existe ainda vacina contra a Hepatite C, destacando-se a importância das medidas de prevenção acima citadas.

- Hepatite D: depende necessariamente da presença do vírus da hepatite B, portanto a imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção da hepatite Delta

- Hepatite E: mais rara no Brasil, suas características são semelhantes à hepatite A.

Hepatite viral tem cura?

Não há nenhum tratamento específico para hepatite A, mas em geral o quadro é leve a moderado e autolimitado. “O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, uma vez que o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro”, continua a hepatologista.

O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos por vômitos e diarreia. Em casos raríssimos pode ocorrer falência hepática com necessidade de transplante.

Em relação à hepatite B, os tratamentos disponíveis atualmente não curam a infecção, mas podem retardar/evitar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida no longo prazo.

O tratamento da hepatite C é feito com medicamentos orais chamados antivirais de ação direta que apresentam altíssimas taxas de cura. A chegada destes novos medicamentos nos últimos anos revolucionou o tratamento da hepatite C, possibilitando a eliminação da infecção.

O mais importante é estar atento aos cuidados com a saúde e buscar um diagnóstico precoce. Assim se evita complicações maiores e é possível ter uma boa qualidade de vida, mesmo em casos de diagnóstico positivo. O Hospital Brasília Unidade Águas Claras dispõe de uma equipe altamente especializada para auxiliar no cuidado com a saúde do seu fígado. Para agendar seu atendimento com um de nossos especialistas, basta ligar: (61) 3052-4600.

Escrito por
HAC

Equipe Hospital Águas Claras

Corpo Clínico
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HAC

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