O estômago é um órgão importante para o sistema digestório, uma vez que abriga, por exemplo, glândulas que produzem o suco gástrico, responsável por parte da digestão dos alimentos.
Alterações como a dispepsia funcional, popularmente conhecida como gastrite, podem ser muito incômodas, mas podem ser resolvidas com medicações e mudanças de hábitos. Outras patologias, no entanto, exigem uma atenção maior devido à sua complexidade e, por isso, o ideal é – ao menor sinal de desconforto – consultar um médico para avaliar o quadro e até mesmo a necessidade de intervenções mais invasivas como a gastrectomia.
Gastrectomia: o que é a cirurgia?
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A gastrectomia é um procedimento de remoção total ou parcial do estômago, sendo indicado para o tratamento de condições que interferem na saúde do estômago, como tumores e casos específicos de obesidade.
Quando é necessário fazer a gastrectomia?
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Pode parecer estranho dizer que a remoção do estômago é uma alternativa de sobrevida e bem-estar, mas sim, é possível viver sem esse órgão.
Segundo o Dr. Arnaldo Nacarato, cirurgião do aparelho digestivo e coordenador da cirurgia geral do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, a principal indicação para a realização da gastrectomia é o câncer de estômago.
“Essa recomendação é baseada em uma série de análises clínicas, laboratoriais e de imagem que avaliam a viabilidade do procedimento médico. Todo esse processo ajuda, inclusive, a evitar complicações."
Quais os tipos de gastrectomia?
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São três os tipos de gastrectomia e eles servem a necessidades distintas. Entenda a seguir:
Gastrectomia total x gastrectomia parcial x gastrectomia vertical
A gastrectomia total é o método indicado para pacientes que apresentam tumores no estômago, em casos em que a remoção do órgão por completo previne que a doença progrida ou tenha maiores chances de reincidência. Nesse procedimento também se faz necessário, na maioria das vezes, a realização de linfadenectomia (retirada dos linfonodos regionais).
Enquanto isso, a gastrectomia parcial é indicada para o tratamento de tumores que, devido à sua localização, apenas a retirada parcial do órgão é segura. Nesses casos, a parte preservada é ligada ao intestino delgado.
Por fim, a abordagem mais utilizada, a gastrectomia vertical, se caracteriza pela remoção de cerca de 80% do órgão a fim de tratar a obesidade por meio da perda do excesso de peso e da resolução das doenças metabólicas, como hipertensão arterial e diabetes.
Hábitos alimentares pós-gastrectomia
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Independentemente do método, após a cirurgia, o paciente deve adotar cuidados com a alimentação.
Segundo o médico, “a alimentação no pós-operatório imediato deve seguir algumas restrições passadas pelo cirurgião e equipe de nutrição. A longo prazo, porém, o paciente pode seguir hábitos praticamente normais."
Após o período de recuperação, manter o acompanhamento com equipes de oncologia e cirúrgica é fundamental para a boa evolução a longo prazo.
O Hospital Brasília Unidade Águas Claras conta com uma equipe multiprofissional que oferece atendimento de excelência durante toda a linha de cuidado do paciente, passando por equipes de oncologia, cirurgia do aparelho digestivo, psicologia e nutrição.