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Esclerose múltipla: entenda o que é, quais são os sintomas e como é feito o tratamento

Condição neurológica atinge o sistema nervoso central e causa danos aos neurônios. Conheça os indícios da condição e saiba que médico consultar.
HAC
Equipe Hospital Águas Claras - Corpo Clínico Atualizado em 18/08/2022

A esclerose múltipla (EM) é uma doença que atinge o sistema nervoso central, principalmente, o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal. De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o mundo, cerca de 2,8 milhões de pessoas convivem com a alteração, sendo 40 mil só no Brasil.  

Visto que ainda há muita desinformação sobre o tema, convidamos a Dra. Priscilla Proveti, neurologista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, para falar sobre os principais aspectos da doença, incluindo os sintomas de esclerose múltipla e os tratamentos disponíveis. 

O que é esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença crônica, autoimune, desmielinizante do sistema nervoso central. Isso significa que o nosso sistema imunológico, que é responsável por combater agentes externos como vírus e bactérias, ataca a bainha de mielina (por isso desmielinizante) dos neurônios. Essa estrutura funciona como a capa de um fio elétrico. Quando perdida, acaba ocasionando danos na função do neurônio. 

Essa enfermidade é mais comum em mulheres brancas, e o principal grupo etário atingido é o de pessoas entre 20 e 40 anos. Outra forte característica da EM é a imprevisibilidade das crises. 

Quais são as causas da esclerose múltipla?

Segundo a especialista, a causa da doença ainda não está totalmente elucidada, porém, múltiplos fatores ambientais e genéticos estão associados à doença. Entre eles, a infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) – um tipo de herpes –, que causa a inflamação conhecida como doença do beijo. Além disso, podemos destacar a falta de exposição à luz solar com consequente redução de vitamina D e a menor exposição a bactérias e parasitas durante a infância, que leva à alteração na maturação do sistema imunológico. 

Quais são os primeiros sintomas?

No começo, os sintomas de esclerose múltipla costumam ser bastante sutis e esporádicos e podem cessar repentinamente depois de cerca de sete dias. Esse vaivém acaba impedindo o diagnóstico precoce, pois a tendência é que o paciente não busque ajuda profissional, já que as manifestações somem sozinhas. Nessa fase, os principais indícios são: vista levemente embaçada e certa dificuldade de controlar a urina. À medida que o quadro evolui, o paciente também pode apresentar: 

  • fraqueza; 

  • formigamento nas pernas ou em um lado do corpo; 

  • visão dupla (diplopia); 

  • dor ou queimação na face (nevralgia do trigêmeo); 

  • desequilíbrio; 

  • tremor; 

  • problemas de memória e atenção; 

  • alterações do humor, depressão e ansiedade; 

  • alterações sexuais: disfunção erétil em homens e diminuição da lubrificação vaginal nas mulheres; 

  • dificuldade para controlar os esfíncteres (canais pelos quais eliminamos fezes e urinas). 

Infelizmente, a esclerose múltipla não tem cura. Porém, a Dra. Priscilla ressalta que, com o tratamento adequado, é possível diminuir a frequência dos surtos e conquistar mais qualidade de vida e bem-estar. 

“Quanto mais cedo ocorrer a detecção do transtorno, mais rápido será o início do acompanhamento médico. Por isso, caso apresente uma das manifestações mencionadas acima, consulte um neurologista”, recomenda a especialista. 

Como é o tratamento da esclerose múltipla?

O tratamento da esclerose múltipla tem três bases principais: tratamento do surto, de manutenção e sintomático. 

“O tratamento do surto é feito, principalmente, com corticoides em altas doses, com duração de três a cinco dias. Enquanto isso, o tratamento de manutenção é o que realmente impede a progressão da doença, já que controla o processo inflamatório. Existem diversos medicamentos disponíveis para a terapêutica, sendo os imunomodulares e os imunossupressores os principais. Já o tratamento sintomático consiste em controlar possíveis sequelas e sintomas, como a fadiga e a incontinência urinária”, explica a neurologista. 

O grande objetivo do acompanhamento é, ao longo dos anos, reduzir a frequência das crises inflamatórias que provocam os sintomas. Além do uso de medicações, a neurorreabilitação é de suma importância para tratar sequelas e alterações cognitivas da doença. O acompanhamento multidisciplinar com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psiquiatra, psicólogo também é essencial. 

“Em paralelo, o acompanhamento psicológico ajuda o paciente a entender sua nova realidade e o incentiva a se reinventar dentro desse contexto. Cuidar da autoestima desse indivíduo impacta a imagem que ele tem de si mesmo e sua autoconfiança”, conclui a médica. 

Centro Médico Águas Claras: tecnologia aplicada ao cuidado

Para oferecer aos pacientes uma linha de cuidado integral que englobe todas as etapas da assistência médica com qualidade e segurança, o Hospital Brasília Unidade Águas Claras inaugurou o seu Centro Médico, localizado na torre lateral do hospital. O espaço dispõe de mais de 20 especialidades, sendo uma unidade avançada do hospital que oferece assistência em caráter ambulatorial preventivo e o diagnóstico de patologias. 

O acompanhamento clínico e pós-cirúrgico é feito por meio de uma equipe multidisciplinar altamente qualificada composta por médicos e outros profissionais de saúde que contribuem diretamente para o sucesso do tratamento do paciente. Para agendar a sua consulta, entre em contato com a nossa Central de Atendimento pelo número (61) 3052-4600 ou pelo Whatsapp (61) 99158-1632.

Escrito por
HAC

Equipe Hospital Águas Claras

Corpo Clínico
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HAC

Equipe Hospital Águas Claras

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