Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2021 apontam que 51,1% da população brasileira é composta por mulheres. Mesmo sendo maioria, ainda existem muitas dúvidas com relação à saúde da mulher e diversas alterações, como a endometrite, são pouco conhecidas pela sociedade.
No blog de hoje, o Dr. Alexandre Brandão, cirurgião ginecológico especializado em endometriose do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, fala mais sobre o quadro. Confira!
O que é endometrite?
O endométrio é um tecido que envolve a parede interna do útero. Sua espessura é variável de acordo com as etapas do ciclo menstrual e tem a função de abrigar e nutrir o embrião no início da gravidez, até a formação da placenta. A endometrite é caracterizada pela inflamação do tecido e tem a infertilidade e o aborto espontâneo como duas das consequências.
O que pode causar endometrite?
A endometrite é causada por bactérias que são comumente adquiridas através de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), durante as relações sexuais. “As principais ISTs precursoras da enfermidade são a gonorreia e a clamídia, que podem ser prevenidas por meio do uso de preservativo. Procedimentos no útero, como curetagem após aborto; inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) ou até mesmo o parto, também podem provocar a endometrite. Neste último caso, a infecção é facilitada pela dilatação do colo do útero, que propicia a contaminação da área", explica o especialista.
“Casos de endometrite puerperal (pós-parto) geralmente são quadros agudos, cursando com febre, dor abdominal, calafrios, mal-estar e saída de pus ou sangue com odor fétido pela vagina", relata o ginecologista.
Qual é a diferença entre endometrite e endometriose?
Além do nome parecido e de ambas atingirem o endométrio, endometrite e endometriose não têm relação. Enquanto a primeira é ocasionada por microrganismos, a endometriose transfere o desenvolvimento deste tecido para fora da cavidade uterina. Assim, o endométrio pode invadir ovários, trompas, bexiga e intestino.
Quais são os sintomas de endometrite?
Os principais sintomas de endometrite são bastante genéricos e por isso, a paciente tende a levar mais tempo para buscar atendimento médico. Além de mal-estar, febre, dores pélvicas ou abdominais, podem surgir outras manifestações mais características, como:
- Corrimento vaginal;
- Dor durante o ato sexual;
- Hemorragia;
- Sangramento ou secreção genital com odor.
O Dr. Alexandre chama atenção para a diferença entre casos agudos e crônicos. “Quando a endometrite se torna crônica, na maioria das vezes, é assintomática."
Endometrite tem cura?
Segundo o especialista, sim, endometrite tem cura e o tratamento é feito a partir de medicamentos antibióticos.
Como é feito o tratamento?
Uma vez que a endometrite tem origem na infecção bacteriana, o tratamento prioriza o combate aos germes por meio do uso de medicamentos antibióticos orais ou injetáveis. Caso a endometrite esteja associada a abscessos pélvicos, pode ser necessária a realização de cirurgia abdominal.
Atendimento ambulatorial
No Hospital Brasília Unidade Águas Claras, nossos profissionais oferecem acompanhamento ginecológico integral e humanizado, desde as primeiras consultas. Agende sua consulta on-line, pelo site do hospital ou através do telefone: (61) 3052-4600.