O colesterol é um tipo de gordura que constitui nossas membranas celulares e está presente na pele, nos nervos, nos músculos, nos intestinos, no cérebro, no fígado e no coração. Nosso organismo usa o colesterol para produzir substâncias como vitamina D, cortisol, ácidos biliares (importantes para o processo de digestão), testosterona e estrógeno.
O acúmulo dessa substância no sangue – o famoso “colesterol alto” – oferece perigo para a saúde do coração, pois compromete o funcionamento do órgão. A seguir, falamos sobre os sintomas de colesterol alto e explicamos como preveni-lo.
O que é colesterol alto?
A hipercolesterolemia, ou, como conhecemos, colesterol alto, é uma alteração desencadeada pela desregulação da produção de gordura e pode se apresentar tanto na forma de elevação dos níveis do “colesterol ruim” (LDL) ou dos triglicerídeos como na redução dos níveis do “colesterol bom” (HDL), o que contribui para a formação de placas nas paredes das artérias, podendo causar diversas doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. Isso ocorre porque as placas de gorduras dificultam e até impedem o fluxo sanguíneo para o coração e outros órgãos.
Quais são as causas do colesterol alto?
Segundo o Dr. Leandro Richa Valim, cardiologista intervencionista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, o que causa o colesterol alto são, principalmente, fatores genéticos que podem levar o fígado a ter dificuldade para eliminar o LDL (colesterol ruim). Porém, aspectos como a dieta podem contribuir para o desenvolvimento do problema, já que cerca de 30% do colesterol é proveniente dos alimentos. Conheça outros fatores de risco, a seguir.
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Histórico familiar: pessoas que têm familiares com colesterol alto.
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Idade e sexo: o risco aumenta de acordo com a idade e incide, principalmente, sobre as mulheres no pós-menopausa.
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Obesidade: maior propensão a desenvolver as placas de gordura.
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Sedentarismo: atividades físicas regulares aumentam os níveis do “colesterol bom”, o HDL, e contribuem para a redução do LDL.
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Excesso de álcool: o consumo excessivo de bebidas alcoólicas colabora para o desenvolvimento de colesterol alto.
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Tabagismo: fumar danifica os vasos sanguíneos e diminui o HDL.
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Hipotireoidismo: deficiência da produção de hormônios pela glândula tireoide.
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Diabetes: maior propensão à alta dos triglicerídeos.
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Doenças renais ou hepáticas: prejudicam o metabolismo das gorduras.
“É importante lembrar que a obesidade é apenas um dos fatores de risco para o colesterol alto e que mesmo pessoas magras podem apresentar essa doença”, ressalta o especialista.
Quais são os riscos do colesterol alto?
O médico explica que “o colesterol aumenta as chances de desenvolver doenças cardiovasculares, que são as que mais matam no mundo. Entre elas, podemos citar, sobretudo, o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). Outras enfermidades cardiovasculares podem ser citadas, como as doenças da aorta (a maior artéria do corpo), a formação de aneurismas ou obstruções também nas artérias do pescoço (carótidas), do cérebro e dos membros, bem como em outras partes do organismo”.
Sintomas de colesterol alto
Na maioria dos casos, o colesterol elevado não desencadeia sintomas, a não ser em níveis muito elevados e de forma prolongada. Quando presentes, os sintomas de colesterol alto incluem: nódulos amarelados em tendões e articulações (xantomas) e os xantelasmas, que são pontos amarelos de gordura que surgem ao redor dos olhos.
Como saber se o colesterol está alto
Consultas de rotina e check-ups anuais são a melhor forma de detectar o colesterol alto, principalmente porque essa alteração não costuma apresentar sinais. O diagnóstico é feito pelo médico com base nos resultados de exames de sangue que apresentam os níveis do HDL (“colesterol bom”), LDL (“colesterol ruim”) e os triglicerídeos.
“Os valores de referência variam de acordo com os demais fatores de risco ou mesmo pela presença de alguma doença cardiovascular já instalada”, complementa o Dr. Leonardo.
Tratamento
Para controlar o colesterol, o profissional de saúde pode receitar medicamentos para casos mais específicos, mas a principal indicação é a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas e uma dieta balanceada.
Dieta para colesterol alto
Existem diversas abordagens quando o assunto é dieta. Entretanto, a dica do cardiologista é: “Sempre que possível, o ideal é que a pessoa seja acompanhada por um profissional de nutrição, para orientações individualizadas em cada caso.”
Centro de Cardiologia do Hospital Brasília Unidade Águas Claras
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