O câncer de ovário é um tipo de tumor de difícil diagnóstico e o mais grave entre os cânceres ginecológicos. Segundo o Ministério da Saúde, essa é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, ficando somente atrás do câncer do colo do útero.

A maior parte dos cânceres de ovário, cerca de 95%, é decorrente das células epiteliais, ou seja, as que revestem o ovário. Os demais casos são provenientes de células germinativas, as que formam os óvulos e as células estromais, responsáveis por produzir a maioria dos hormônios femininos.

Nessa edição, a Dra. Letícia Sandre, ginecologista do Hospital Brasília, explica o que é a doença, quais os sintomas e como é feito o tratamento. Saiba mais na leitura completa.

O que é câncer de ovário?

Conforme explica a Dra. Letícia Sandre, o câncer de ovário ocorre quando se desenvolve um tecido doente nos ovários. São dois os ovários, que têm as funções de produzir óvulos e também os hormônios sexuais femininos: a progesterona e o estrogênio. Embora esse tipo de câncer possa acontecer em mulheres de qualquer faixa etária, normalmente ocorre depois dos 50 anos.

O câncer de ovário é uma doença difícil de ser diagnosticada precocemente, porque seus sintomas são indolentes e normalmente acontecem em fases mais avançadas da doença, que já pode ter se disseminado para a pelve, abdômen superior ou outros órgãos.

“Sabe-se que o câncer de ovário decorre de mutações genéticas que modificam as características celulares, e se multiplicam rapidamente, formando tumores no local ou em órgãos distantes, as chamadas metástases. A incidência dessa patologia está relacionada com fatores genéticos, hormonais e ambientais que favorecem as alterações celulares".

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Quais são os sintomas do câncer de ovário?

Normalmente os sintomas do câncer de ovário não parecem específicos e podem ser confundidos com outros problemas de saúde, além de variarem de uma mulher para a outra. Os mais comuns são:

• desconforto no abdômen como se fossem gases ou indigestão;
• cólicas;
• inchaço;
• sensação de estufamento depois de uma refeição leve;
• náusea;
• diarreia;
• prisão de ventre ou vontade frequente de urinar;
• perda ou ganho de peso sem explicação;
• perda de apetite;
• dor no ato sexual;
• sangramento vaginal;
• cansaço;
• dor nas costas.

Quem tem câncer de ovário menstrua?

De acordo com a Dra. Letícia Sandre “dependendo da idade da paciente, sim. Mulheres jovens que ainda não estão na menopausa podem apresentar a lesão no ovário e continuarem menstruando normalmente. As mulheres na menopausa, no entanto, geralmente não sangram".

Qual exame confirma?

Os exames utilizados para detecção do câncer de ovário são exames de imagem associados a alguns marcadores tumorais sanguíneos, sendo CA125 o mais conhecido. Além disso, também é feita uma laparoscopia exploratória e depois uma biópsia do tumor, que são úteis tanto para confirmar o diagnóstico, como para avaliar se o tumor afetou outras regiões e órgãos.

Como é feito o tratamento?

O primeiro passo em caso de suspeita de câncer de ovário é uma avaliação cirúrgica. Em tumores em estágio inicial, a fase da doença pode ser identificada por meio de cirurgia e feita a remoção do útero e dos ovários.

Nos casos mais avançados, pode ser feita a remoção de todos os tumores que puderem ser visualizados. Além disso, de acordo com cada caso, algumas mulheres poderão ser submetidas à quimioterapia depois de passar pela cirurgia.

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Como prevenir o câncer de ovário?

Alguns hábitos podem tornar o organismo mais saudável e contribuir com o diagnóstico de doenças precocemente, o que aumenta as chances de tratamento. Veja como:

• controle o peso e evite alimentos gordurosos;
• consulte um ginecologista regularmente;
• sob orientação médica, faça exames clínicos e ultrassonografias com mais frequência;
• depois dos 40 anos, faça sempre avaliação ginecológica.

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Oncologia Hospital Brasília Unidade Águas Claras

Os Centros de Oncologia do Hospital Brasília e Hospital Brasília Unidade Águas Claras dispõem de tecnologia de ponta e cuidado integral. Os principais tratamentos disponíveis são: imunoterapia, terapias-alvo molecular, quimioterapia, onco-hematologia.

Além disso, dispomos dos cuidados integrados, o que permite o acompanhamento da trajetória do paciente em todos os momentos: da suspeita de câncer, passando pelo diagnóstico e tratamento, até chegar ao seguimento de cada caso. Tudo isso pode ser feito por meio dos recursos disponíveis nas duas unidades hospitalares da Dasa em Brasília e pelo apoio do Laboratório Exame na realização de investigações diagnósticas por intermédio da análise laboratorial.

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