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Apneia do sono: o que é, sintomas, causas, riscos e tratamento

A apneia do sono, ou apneia noturna, é um distúrbio caracterizado pela parada momentânea da respiração durante o sono. Saiba quais são os riscos.
HAC
Equipe Hospital Águas Claras - Corpo Clínico Atualizado em 18/11/2022

Depois de um dia exaustivo, tudo o que a gente mais quer é um banho e uma cama limpa para descansar o corpo e a mente. Mas, infelizmente, cama e descanso não são sinônimos para cerca de 35% da população brasileira. Essas pessoas vivem com um distúrbio chamado síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), que, além de comprometer a qualidade do repouso, pode causar constrangimento pela produção de ronco e trazer prejuízos a órgãos como pulmão, cérebro e coração.

O que é apneia do sono?

A apneia do sono é uma doença crônica progressiva em que repetidas obstruções das vias aéreas causam pausas respiratórias. O problema é mais frequente do que imaginamos, assim, muitas pessoas nem desconfiam que sofrem de SAOS.

Essas interrupções promovem a redução do fluxo de oxigênio para o músculo cardíaco e o cérebro, de forma a aumentar a pressão arterial e pulmonar, o que multiplica o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Para compensar a falta de oxigênio, são liberadas descargas de adrenalina. Sendo assim, são frequentes os relatos de sono fragmentado e leve, o que impede a pessoa de desfrutar da função restauradora de uma noite de sono saudável.

Quais são as causas da apneia do sono?

A causa do bloqueio das vias aéreas superiores (garganta e nariz) varia de uma pessoa para a outra, mas as principais são:

  • falta de tônus muscular na faringe;
  • tecido em excesso na amígdala, língua ou adenoide;
  • rinite, sinusite e outras doenças respiratórias crônicas;
  • formato do palato (céu da boca);
  • posição da mandíbula e da maxila.

“Predisposição genética, sexo e idade também são fatores de risco para a doença. Homens, pessoas entre 40 e 60 anos e obesos apresentam maior risco de desenvolver apneia do sono", explica a otorrinolaringologista com atuação em medicina do sono Dra. Aliciane Mota, profissional do Hospital Brasília Unidade Águas Claras.

Obesidade e apneia do sono: qual é a relação?

A obesidade influencia o surgimento da apneia do sono porque o excesso de gordura corporal se acumula em regiões importantes para a circulação de ar como garganta, língua, pescoço e abdômen.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 70% das pessoas obesas apresentam apneia do sono. O excesso de tecido também dá origem a alterações endócrinas, incluindo resistência à insulina e desregulação dos hormônios de fome e saciedade. A especialista explica que, caso o problema esteja relacionado com a obesidade, a cirurgia bariátrica é, na maioria das vezes, a cura da apneia do sono.

Quais são os sintomas da apneia do sono?

Os principais sintomas da apneia do sono são:

  • alterações de memória e concentração;

  • dor de cabeça e sede ao despertar;

  • engasgos enquanto dorme;

  • irritabilidade;

  • perda de libido;

  • ronco alto, irregular e frequente;

  • sono agitado;

  • sonolência diurna.

“Uma vez que a apneia interfere no bem-estar social, o paciente pode desenvolver depressão e ansiedade, bem como dificuldade de aprendizado", completa a especialista.

A apneia do sono pode matar?

 A Dra. Aliciane explica que “a apneia do sono pode matar de forma indireta, por meio do aumento do risco de condições como AVC (risco 10 vezes maior), demências e outras doenças cardiovasculares".

A apneia do sono tem cura? Qual é o tratamento?

O diagnóstico da apneia do sono é obtido com base em uma polissonografia, exame que estuda a noite de sono do paciente e pode ser feito em clínica ou em domicílio. Esse processo é importante não só para detectar o distúrbio, mas também para descobrir a sua causa, o que impacta na possibilidade de cura.

“Na maioria dos casos, por se tratar de uma doença de caráter progressivo, podemos ter um excelente controle, entregando ótima qualidade de vida aos pacientes", relata a médica.

Com relação ao tratamento, ela explica que é possível contar com fonoterapia, dispositivos como CPAP nasal e aparelho intraoral, além de procedimentos cirúrgicos realizados pelo otorrino e pelo cirurgião bucomaxilo.

Atendimento ambulatorial

O especialista que pode ajudar a verificar a qualidade do sono é o otorrinolaringologista. Em uma avaliação individualizada e criteriosa, o médico consegue dar orientação sobre quais exames fazer para identificar alterações no sono. Essa é uma das especialidades de que dispomos no Centro Médico Águas Claras.

Você pode agendar sua consulta por meio de nossa Central de Atendimento, pelo telefone (61) 3052-4600 ou WhatsApp (61) 99158-1632.

Escrito por
HAC

Equipe Hospital Águas Claras

Corpo Clínico
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HAC

Equipe Hospital Águas Claras

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