O corpo humano funciona como uma grande máquina em que o coração é o motor. Por isso, é necessário estarmos sempre atentos aos sinais que ele dá e consultar um médico. A dor no peito, por exemplo, está relacionada com alterações simples, desde excesso de gases, a quadros que demandam mais cuidado, como é o caso da angina. Abaixo, o Dr. Leandro Richa Valim, cardiologista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras explica o que é, qual exame detecta angina e como tratá-la.
O que é angina no coração?
A angina não é uma doença, mas sim um sintoma, e seu nome remete à dor ou desconforto. Apresenta-se mais frequentemente como uma pressão no peito que pode se estender para a mandíbula, ombro e braço, geralmente do lado esquerdo. Ela ocorre quando há redução de fluxo sanguíneo no coração, por um entupimento nas artérias que o irrigam, processo que recebe o nome de isquemia.
“É comum que os pacientes sintam os sintomas durante os esforços. Porém, nem todos apresentam sinais e a esses eventos chamamos de isquemia silenciosa", explica o especialista.
Quais são os tipos de angina?
São dois os tipos de angina: estável e instável. A primeira é previsível e seus sintomas geralmente aparecem durante atividades intensas ou em momentos de estresse. A dor costuma durar até cinco minutos e pode ser aliviada com repouso. Já a angina instável pode surgir mesmo durante o repouso, tem duração mais prolongada e tende a piorar progressivamente.
Como é a dor da angina no coração?
O Dr. Leandro explica que ainda que toda dor no peito possa ser originada no coração, a maioria tem outras causas. “Dessa forma, é importante definirmos quais as características que mais se relacionam às condições cardiológicas. Mais frequentemente, a angina (dor no peito) ocorre do lado esquerdo, em aperto ou queimação, desencadeada por esforços ou estresse. Pode estar associada a outros sintomas, como náuseas, vômito, suor frio, tontura ou palpitações. Dores iniciadas em repouso, mais prolongadas e intensas, podem sugerir a progressão para angina instável ou mesmo um quadro de infarto", detalha.
O que pode causar angina?
A angina está diretamente ligada à aterosclerose, acúmulo de gordura nas artérias coronárias, com consequente obstrução. São estes vasos que transportam sangue e recebem oxigênio, então, em virtude do comprometimento do fluxo, pode surgir a dor no peito. Sendo assim, para prevenir a angina é necessário adotar hábitos que reduzem o risco para doenças ligadas à aterosclerose, como hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade. Confira as dicas:
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ter uma alimentação balanceada;
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fazer uma dieta com baixo teor de sódio;
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manter o controle do peso;
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não fumar;
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praticar atividades físicas regularmente;
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reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
“A aterosclerose também pode ter origem genética. Por isso, todos devem procurar um cardiologista para check-up anual, principalmente aqueles que têm fatores de risco familiares ou pessoais para doença aterosclerótica", recomenda o Dr. Leandro.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de angina se baseia em diversos dados. A partir da anamnese e exame físico, o profissional traça o histórico médico do paciente, suas queixas e verifica se existem doenças preexistentes. A depender da suspeita clínica, ele pode requisitar os seguintes exames:
- eletrocardiograma: gráfico dos impulsos elétricos que controlam a atividade do coração;
- teste ergométrico: o paciente caminha ou corre na esteira ergométrica, durante a monitorização clínica e do eletrocardiograma contínuo, para avaliar possíveis alterações sugestivas de obstruções nas artérias do coração, por exemplo;
- ecocardiografia: observa o coração por meio de um ultrassom;
- angiotomografia das coronárias: tomografia com contraste para análise das artérias que irrigam o coração (coronárias);
- ecocardiograma de Estresse ou Cintilografia: semelhante ao teste ergométrico, estimula-se o coração pelo estresse físico, ou por medicação. Analisa não apenas o eletrocardiograma, mas também a imagem do coração;
- angiografia ou cateterismo: introdução de um cateter na corrente sanguínea, até o coração, para verificar possíveis obstruções nas artérias coronárias.
Tratamento para angina
Feito o diagnóstico de angina e confirmada a existência de obstrução coronariana, o pilar fundamental de todo o tratamento é a adoção de hábitos de vida mais saudáveis, como dieta balanceada e atividade física sob orientação. “Neste momento, também pode ser necessário o uso de medicamentos para combater o colesterol e 'afinar o sangue', por exemplo. Além disso, alguns casos mais avançados podem precisar de tratamento e desobstrução por meio do cateterismo com implante de Stent (malha metálica altamente especializada, geralmente 'pintada com um remédio'), que restaura o fluxo de sangue. Por fim, alguns pacientes podem precisar passar por uma revascularização cirúrgica, conhecida como ponte de Safena", finaliza o médico.
Atendimento ambulatorial
Você tem cuidado da saúde do seu coração? Mantenha seus exames periódicos em dia e em caso de algum desconforto, não deixe de buscar ajuda de um cardiologista. Esta é uma das especialidades de que dispomos no Centro Médico Águas Claras.
Você pode agendar sua consulta por meio da nossa central de Central de Atendimento, pelo telefone (61) 3052-4600 ou pelo Whatsapp (61) 99158-1632.